Lagrimas
Oh!
Lagrimas, lagrimas que bailam na imensidão dos sentidos.
Gotas de amor e fúria.
Tu és vulcão em erupção.
Lagrimas são sementes nos olhos a germinar nas faces da dor
oculta.
Oh! Lagrimas és tempestade, és o vento
nos prados de uma alma inquieta.
És o orvalhar das manhãs de um gélido
coração.
Lagrimas tu é a cruz erguida.
És os pregos cravados no inconsciente
do teu ser.
Oh! Lagrimas frias, doces e amargas,
escamas de diamantes.
És o rubi cravado no coração dos
enamorados.
Lagrimas são perolas encontradas nas
conchas da vida.
Oh! Lagrimas que teimam em rolar sobre
pedras, depositadas nos riachos do meu ser.
És o prelúdio do nascer.
Lagrimas, és o buque de flores
depositados na campa fria de um campo santo.
És a prece o clamor das dores da alma
descrida.
Oh! Lagrimas, espumas flutuantes, de
um riacho momentâneo.
És colares de perolas negras, brancas e azuis, transformo-te em gotas para que cavalgue nas ondas sem fim.
Lagrimas que teimam em cair
Dos meus dos seus olhos.
Tu És maldita e bendita.
Oh! Lagrimas... Lagrimas.
És apenas... Apenas á água
Santa e insana.
Eliane